Viver intrínsecos ao capitalismo é realmente um teste para manter-se sóbrio de tudo aquilo que é lançado o tempo todo, em todos os lugares e de todas as maneiras viáveis. Quantas vezes somos postos à prova e sujeitos a mudar nossa própria maneira de pensar depois de ver uma determina propaganda? Nos dias atuais, inúmeras. É impossível não se encaixar em algum lugar, pois se não somos consumistas, somos outra coisa: fora de moda, conservadores, excêntricos, etc.
Isso é lógico, e existem casos e casos, não podemos afunilar tantas personalidades(ou não) diferentes em um único exemplo. É impossível falar que não existam pessoas que se vestem para se enquadrar em determinado grupo social, pois todos fazemos isso em alguma hora de nossas vidas. Vestimos calças sociais e camisas para trabalharmos, uniforme para estudarmos e assim por diante.
Ingênuos são os que pensam que a imagem está vinculada com o que se é de fato. Há personalidades que exibem melhor seu jeito, expõe idéias e argumentos de forma mais convincente; mas não quer dizer que os mais calados ou timidos não sintam e vejam, ou melhor, sejam. O fato é que também é certo dizer que fingir é uma das coisas mais difíceis de se fazer por muito tempo impunemente. Mas se eu não finjo, eu sou. E isso não tem só a ver com a roupa que eu visto, com o filme que eu gosto, com a comida preferida; é tudo parte de um todo. Eu não continuo sendo eu mesmo se não estou com quem gosto, se não me visto do jeito que me sinto bem, se não como a comida que prefiro e me satisfaz. Entende?
Consumismo é algo que o próprio homem criou, com o objetivo de satisfazer a ele próprio, seja por verba, ou por prazer.Não digo que é certo consumir em excesso, pois tudo que é demais é porque algo está errado. Mas se nos inebriarmos com roupas, sapatos, cabelos, e o escambal, e nos mantivermos integros e seguros de si mesmos, que seja. Todos buscamos algum meio para nos satisfazer, somos inerentes nisso, porém não devemos nos deixar cegos ao que está a nossa volta e às consequências. Ser incomum é o que devemos buscar. Einsten, Aristóteles, Mandela, figuras que temos que seguir de exemplo, não foram o comum, não seguiram ninguem, eles são as nossas excessões, que muitas vezes foram contra tudo e todos para moverem seus ideais e isso é o que chamamos de 'ser', perpetuar o caráter, a mente e o corpo.
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Há 15 anos
dificil é não ver a moda como alienação, o jeito das pessoas competirem de forma 'subliminar'. devemos ter alguem como exemplo, porem não imitar ninguem, coisa que muitos não fazem
ResponderExcluirTeu aritigo está muito bom, mas tenho que lembrar que Mandela,Aristóteles e Einstein assim como muitos outros, nao seguiam o estilo de dos outros, defendiam as proprias idéias, e assim criaram um tipo de "moda" que outras pessoas que pensavam do mesmo jeito começaram a seguir, pra mim isso nao é perder personalidade, sim quando uma pessoa segue as ideias dos outros sem saber o motivo. E também acho que o uniforme nao é um modo de nos enquadrar em uma sociedade, e sim o contrário, pois usamos uniforme para nao haver competitividade no ambiente escolar, e tu mesma disse, nao devemos nos classificar pelas roupas, e sim pela nossas idéias e argumentos, nada mais justo que o uniforme, que nao nos classifica pelo que temos.
ResponderExcluirConcordo com as duas Julias. O uniforme não é uma moda, e sim um modo de não haver a competitividade entre as pessoas. Além do mais, se não houvesse o uniforme, aí mesmo que as pessoas seriam iguais. Usar roupas iguais as de um determinado grupo não tem problema, desde que não seja mudado o interior, que é o que nos faz diferentes. E acho que consumir demais e ainda assim continuarmos seguros do que somos é sim um problema, porque quanto mais consumirmos, mais aumentaremos este ciclo e mais fortaleceremos o capitalismo. Sendo assim, essa Geração Consumo não vai terminar. E,mesmo com consciência, o consumo exagerado causa danos a natureza.
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